segunda-feira, 19 de março de 2012




“Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura… Essa intimidade perfeita com o silêncio… Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado de pequenos absurdos, essa capacidade de rir à toa. Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza de quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser. Resta essa faculdade incoercível de sonhar, de transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade de aceitá-la tal como é, (…) e essa pequenina luz indecifrável a que às vezes os poetas dão o nome de esperança. Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto, esse eterno levantar-se depois de cada queda, essa busca de equilíbrio no fio da navalha, essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo infantil de ter pequenas coragens.”

Vinicius de Moraes.

Como faz tempo que eu não posto nada aqui... o blog me faz tanta falta! Que eu reencontre a minha inspiração para que novamente as palavras se desenhem à minha frente.  

Um comentário:

Anônimo disse...

lindo, uma delicia de leitura!
saudades daqui chérrie;

Se puder e quiser flor, segue meu blog novo?
Beijos