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Vejo um jardim com um gramado bastante verde e vivo, mas o tempo está fechado. O céu está negro, as nuvens recolhidas, o sol se escondeu. Agora as nuvens voltam a surgir carregadas. Elas choram, assim como poucas pessoas reunidas em volta do meu corpo estirado no chão. São poucos, apenas aqueles que me restaram. Há também uma pessoa vindo do outro lado do campo com uma rosa negra. Ajoelha-se no gramado molhado, e deposita a flor sobre os meus seios. Meu corpo agora não mais responde, o que restava de oxigênio a flor sugou pra si. Toda a minha alma, toda a vitalidade que um dia tive ficou naquela flor. Ela sabia o quão sofrida fora a minha vida, sabia que eu não tinha mais forças para continuar. Sabia que a minha história já fora escrita. Sabia dos meus erros, dos meus acertos, das minhas vitórias, das minhas derrotas, dos meus sorrisos, das minhas lágrimas. A flor caminha até o tronco de uma árvore, deixando palavras com gotas do meu sangue, e escrevia a seguinte frase: "Nunca deixe de ser você. Nunca deixe de amar, mesmo sem ser amado. Derrame lágrimas de tristeza, mas também de alegria. Lute pelas suas metas, por mais complicado que seja, uma hora você irá alcançar, basta força de vontade. Se um dia cair, olhe pra cima e estenda a sua mão para aquela pessoas que você sabe que daria a vida por você. Dê valor a sua vida, pois ela é a sua dádiva. Nunca deixe de sonhar. Nunca deixe um sentimento guardado, essa pessoa pode sair da sua vida e você se lamentar por palavras omissas. E cultive o amor na sua alma, pois eles será a prova da sua existência na terra."