Se porventura um dia te sentires como eu, entenderás por que suspiro ao som da tua voz, entenderás por que choro por medos infantis, verás por que meus olhos enxergam o nada quando penso em ti. Quando um dia me tocares, irás sentir o calor de minha pele e o sangue que pulsa sob essa e então me farás estremecer e todo o meu corpo se firmará por um segundo. O ar não mais será necessário quando eu respirar você. Me carregas aos céus e me fazes sentir a maciez das nuvens e a doçura dos ventos, me deste asas e criaste um coração em mim, me alegraste nas mais profundas tristezas e me guiaste nas mais densas das escuridões, me orientastes quando não enxerguei o óbvio, me fizeste sonhar com o doce néctar presente em seus jeitos e me fizeste morrer com as feridas causadas pelas desilusões. És meu tudo e meu nada, és meu, mas não pertences a mim, estás em mim, mas não estás comigo. Fantasma em meus sonhos e anjo em meus pesadelos. Por capricho fizeste lágrimas escorrerem de meus olhos. Te tornastes necessário, indispensável, eu me tornei tua. As palavras hoje têm mais significados, mais força e as dores, as dores agora são outras. Me tornei novamente uma criança, e você minha fonte de inocência.
Por, Jamile Mercês.
Texto dedicado à Felipe Amaral.
Texto dedicado à Felipe Amaral.
4 comentários:
O texto fala por si só. E fala o suficiente...
lindo, véi *-*
que perfeito *-*
"O ar não mais será necessário quando eu respirar você" .. =/
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